André Luiz Moscaleski Cavazzani e Rodrigo Otávio dos Santos

 CONTEXTO PÓS 1970 E A HISTÓRIA EM SALA DE AULA

 

André Luiz Moscaleski Cavazzani

Rodrigo Otávio dos Santos

 

Os vídeos do comediante Diogo Almeida têm feito muito sucesso entre os professores. Em um de seus esquetes humorísticos “vida de professor” pergunta, com a plateia já rindo, onde estão Piaget, Wallon e Vigostky para socorrê-lo. A piada é arrematada com a frase: parece que eles não estudaram nesta escola. Em tom humorístico ele levanta um problema importante: a saber, a distância entre a teoria e a prática de ensino no dia a dia. 

 

O conhecimento, ainda que de maneira aprofundada, do conteúdo curricular não tem sido suficiente para garantir uma satisfatória atuação docente. Se já é um dado conhecido que o aluno do século XX não é o mesmo do século XXI, enquanto muitos professores universitários distanciados da educação básica, seguem formando professores, tendo o século passado ainda como referência, esta percepção de que o perfil discente muda se tonou ainda mais urgente agora.

 

Aos alunos que, hoje, inclusive, desconhecem, significantes como “guarda-pó”; “caiu a ficha”; e tantas outras expressões oriundas de um passado analógico, não mais tão recente, basta um click em qualquer navegador de internet, para acessar informações em linguagem acessível acerca do conteúdo curricular. As informações estão, literalmente, na palma da mão deles e ultrapassam em velocidade e, o mais inquietante, em poder de atração, o professor que enfrenta a turma no tablado.

 

Nos momentos mais sensíveis da recente pandemia, os próprios professores, habitando agora as plataformas de transmissão de conteúdo, tendo suas imagens e aulas gravadas, foram parar nas telas de computador ou, então, nos smartphones de uma coorte discente que ficará marcada para sempre por esta experiência histórica. Não adaptados às novas linguagens e raríssimas vezes treinados para o uso das metodologias em tela, muitos professores se viram na contingência de falar sozinhos a uma geração, sem saber se estavam sendo vistos, ouvidos e, o pior, sem condições efetivas de verificar se a aprendizagem ocorria/ocorreu de fato.

 

A verdade é que ainda que gravadas, as aulas expositivas, não atraem mais essa faixa geracional. Uma geração que aprende por Memes, e que, cada vez mais, associa o raciocinar/aprender a partir do enquadre do risível, do lúdico e do efêmero. Em tempos de velocidade vertiginosa o lugar do silencio, do esforço para a contemplação, a manutenção do foco e a retenção do apreendido deram lugar à transição lúdica, colorida, visualmente sedutora, veloz, quadro a quadro, e viciante das informações nas redes sociais.  Dancinhas também estão na ordem do dia.

 

Se esse processo, sem dúvida, se intensificou quando uma espécie de porta de não retorno se abriu, diante do contexto pandêmico, e as práticas de Ensino e Aprendizagem se esparramaram por uma miríade de plataformas que tinham em comum o suporte da rede mundial de computadores e seu potencial inédito de interconectividade e, por fim, mas não menos importante, uma finalidade – ainda que mais ou menos disfarçada – comercial, é verdade, também, que este processo também tem sua historicidade. Neste brevíssimo ensaio buscamos apresentar algumas rápidas considerações, em tom ensaístico, recuando ao século passado para articular os processos acima narrados aos chamados choques das fontes energéticas, em especial, do petróleo no século passado.

 

1.Dennison de Oliveira situa os meados da década de 1970 como tempo de início de importantes transformações no que se refere ao processo produtivo industrial no Brasil e no mundo. Esse processo de cambio teria sido iniciado pelas próprias alterações do capitalismo então vigente.  Tal processo teria sido desencadeado pela crescente automatização das indústrias possibilitando velocidade, em crescimento exponencial, dos processos de produção, e, em consequência, um ganho cada vez maior de produtividade. (OLIVEIRA, 2011)

 

Em inícios da década de 1970, em 1973, houve o primeiro choque do petróleo, elevando o preço do barril em mais de 400%, em menos de um ano, travando diversas áreas e setores produtivos mundiais. (HOBSBAWM, 2010)

 

Já em 1979, mais um choque do petróleo, graças à deposição no Irã do xá Reza Pahlevi, que entre outras coisas desestabilizou o sistema produtivo do óleo combustível. Chega-se a falar de aumentos em mais de 100% e menciona que este aumento teria sido um dos principais estopins para a guerra Irã-Iraque. (HOBSBAWM, 2010)

 

Essa elevação drástica e crescente dos preços da principal matriz energética mundial, provocou uma resposta que se fez sentir na maneira de se organizar o processo produtivo. Este passou a ser reformulado tendo, como pano de fundo, o processo de subcontratações/terceirizações em busca de redução do custo de produção mediante exploração de mão de obra mais barata. (OLIVEIRA, 2011)

Inicia-se um processo que parece ter se consolidado neste século de descentralização dos setores produtivos.  Uma fábrica tem sua sede em um país, os parques de montagem em outro, e a distribuição e venda dos produtos num terceiro. 

 

Tal sistema, como se sabe, se vê hoje disseminado, em maior ou menor escala, porém, por toda a parte, sendo, inclusive, adotado em países orientais com organizações políticas de matriz socialista, como, por exemplo, a China.  Na esteira desta padronização da produção, homogeneízam-se -se, também, hábitos de consumo e, não raro, de comportamento. Os trabalhadores se vem em situação de vulnerabilidade, já que a internacionalização da produção e a oferta de mão de obra multinacional, ocasiona um enfraquecimento do poder dos sindicatos, que começam a perder margem de negociação e reivindicação. (PIKETTY, 2014)

 

Causa e consequência do que foi observado por Piketty palavras como flexibilidade, inovação, eficiência, competências, resiliência, entre outros, vão substituindo, outros termos como critica, cidadania, formação, progresso. Este novo léxico, tributário de documentação produzida por órgãos supraestatais, encontrando rápida difusão no contexto de globalização, afeta a própria semântica relacional primeiro no pátio da fábrica, nos gabinetes das empresas, depois, inclusive, nas próprias relações interpessoais. (TURIN, 2022)

 

2. Pari passu às reformulações no capitalismo, que respondia às sucessivas crises petrolíferas, se vê o arranque dos processos que vieram desembocar na formulação da rede mundial de computadores. Em França, Inglaterra, Estados Unidos se vê surgirem os “embriões” da Internet. Na França em inícios da década de 1970, a CYCLADES, e sua proposta de “transferência de pacotes”; Na Inglaterra, um pouco mais tarde, se vê a correlata JANET, conectando uma rede de universidades britânicas por meio dos computadores; Por fim, temos nos Estados Unidos a famosa ARPANET, financiada pelo departamento de defesa dos Estados Unidos da América, no contexto das ameaças nucleares da Guerra Fria, que fez em 1969, a primeira conexão entre dois computadores. (MICHEL & LOUIS, 1998)

 

Este impressionante desenvolvimento dos meios de comunicação e principalmente da informática, não pode ser dissociado da figura de Tim Berners Lee que criou os sistemas HTML, URL, HTTP, onde documentos existentes na rede poderiam ser vinculados a outros documentos, formando, assim, a raiz da malha do tecido da rede mundial de computadores que, também proposta dele, será chamada internet. (JOHNSON, 2001).

 

Neste período, também, surgem grandes empresas que passam a desenvolver computadores domésticos mais potentes do que aquele que permitiu que o homem chegasse à Lua. A semântica do consumo se atualiza agora se trata de vender ideias, experiências e não mais, tão somente, produtos físicos. Começaram a dar seus primeiros passos: Microsoft, Apple, Adobe e tantas outras megacorporações alterando a forma como os indivíduos interagiam com o ambiente e com as máquinas.

 

Esse movimento beneficiou, também, o coração desse sistema capitalista, a saber, as operações financeiras que passam a se aproveitar largamente do desenvolvimento das comunicações e do processamento de dados. Segundo Manuel Castells, ainda na década de 1970, estrutura-se um inédito mercado financeiro em escala global. As dimensões deste mercado se expandiram tanto e tão rapidamente que no final de 2009, as operações financeiras já representavam um valor diversas vezes maior que o PIB mundial. (CASTELS, 2006)

 

Com as eleições de Ronald Reagan nos Estados Unidos na década de 1980 e de Margareth Tatcher, um pouco antes, em 1979 na Inglaterra, o sistema de “estado de bem estar social” conquistado e mantido nas décadas imediatamente posteriores à segunda guerra mundial entra em crise para dar lugar às pressões renovadas das ideias liberais. São os tempos do neoliberalismo.  (PICKETY, 2014)

 

Os argumentos a favor do neoliberalismo defendiam que o excesso de regulamentação por parte dos governos era o que levava às sucessivas crises do capitalismo. Acreditava-se também que o Estado deveria privatizar as empresas públicas, já que estas eram ineficientes e, ainda, fontes de corrupção. Outro ponto forte era a desregulamentação do mercado de trabalho e a flexibilização das leis trabalhistas, a fim de achatar custos de mão de obra e gerar mais dividendos.

 

A desarticulação de sindicatos e de modelos de ação em prol do coletivo parece ter dado lugar ao exacerbado individualismo. Tomando como referência Dennison Oliveira podemos dizer que a padronização estética promovida pelo fordismo deu lugar à uma multiplicidade de estilos e tendências, cujas principais marcas são a fugacidade e o ecletismo. (OLIVEIRA,2011)

 

3. Um professor hoje em sala de aula se vê impactado, inevitavelmente, por estes processos iniciados no século passado que se desdobraram no presente. A humanidade contemporânea se vê diante da insegurança econômica; diante de mercados conectados e flutuantes; da obsolescência de antigas profissões e da surpresa diante de outras que surgem inesperadamente; da intranquilidade psíquica gerada pela exposição das domesticidades, inadvertida ou voluntariamente,  numa profusão alucinante de posts em redes sociais (efêmeros e duradouros ao mesmo tempo) e das sequelas daí resultantes; é gravemente afetada pelas pandemias que se alastram ainda mais rapidamente num mundo conectado; se coloca em perigo diante das ameaças ambientais e da percepção, mediada por catástrofes,  de finitude dos recursos naturais. Diante de um futuro em suspensão ou, pior, em ameaça tangível de inexistência acentua-se um clima de insegurança e medo. (TURIN, 2022, p.85)

 

Nesse sentido, de uma certa suspensão de futuro o presente é superestimado e o tempo parece acelerar. A obsolescência programada dos bens de consumo parece ditar os ritmos do tempo tornando-nos uma sociedade de presentismo. (HARTOG,2013).

 

Por outro lado, a relação com o passado também é modificada. A dita sociedade da informação (não seria sociedade dos dados?)  apresenta um acúmulo de textos, vídeos, áudios e demais elementos como nunca se viu. Tudo isso em troca da chamada governamentalidade algorítmica. (TURIN, 2022)

 

Informações pessoais são sequestradas voluntária ou involuntariamente desde dados mais básicos como a idade até os mais sofisticados como orientação sexual, gosto musical, denominação política, padrões de locomoção e outros...  Entrega-se, enfim, dados que, por sua vez, orientam padrões de venda e, subsequentemente, de consumo interferindo e direcionando comportamentos possíveis. Dados que – sem que seus portadores originais o saibam – são capitalizados massivamente pelas plataformas de informação.

 

A representação histórica, entendida cada vez mais como um produto e como um serviço, não deixa de se inserir nesse cenário. Nunca a memória local e global pôde contar com tantos registros e tantos resgates. E essa característica acaba forjando outra mais interessante ainda: o interesse popular pela História.

 

Porém não uma História pensada dentro de protocolos próprios da historiografia. Trata-se de um tipo de história que é mais fiel ao apelo emocional e sensacionalista do tema do que às evidências documentais e históricas. Trata-se da chamada “história como serviço”. Conforme argumenta Rodrigo Turin “ela emerge do imenso crescimento do setor de serviços na economia neoliberal, como também sinaliza a fragmentação da esfera pública, possibilitada pelo modo de funcionamento das novas empresas de tecnologia. A privatização da representação histórica é a grande característica dessa nova modalidade, alterando profundamente os usos e os sentidos sociais da história.” (TURIN,2022, p.34)

 

 

Canais exclusivos de conteúdo dito histórico fazem sucesso divulgando teorias conspiratórias como, por exemplo, a de que as Pirâmides não teriam sido construídas pela humanidade. Outra, recente, de que haveria uma “civilização esquecida” abrigada no coração da Amazônia. Junte-se a isso filmes feitos a partir de temas históricos tornando-se sucesso de público. Os alunos chegam em sala já muito contaminados por este processo e, mais do que isso, incentivados por certas retóricas bastante desconfiados dos conteúdos curriculares e, também, dos professores. Tome-se como exemplo a questão das conflagrações mundiais.

 

Nas salas de aula, por exemplo, estudantes secundaristas comemoram, ao saber que serão abordadas as guerras mundiais no plano de ensino anual. Dos filmes, das conversas com os pais, das pressões dos meios de comunicação pautadas pelas lógicas vigentes da chamada hipermodernidade - tecnificação do cotidiano, globalização, individualismo de mercado, exacerbação do eu - adquirem uma compreensão de valoração irreal da violência bélica tornando a fetiche. (BREPHOL, 2013, p.14)

 

A guerra além de ser inevitável é, também, na concepção de muitos estudantes, aventura, emoção, superação, é, por fim, divertida de se apreender.  Os piores genocidas da história, por sua vez, aparecem nos discursos, que os alunos trazem de fora, como figuras pérfidas, porém, desagravadas pelo fato de possuírem inteligência dita “fascinante”. Outro argumento muito presente é de que as guerras são responsáveis por avanços tecnológicos que seriam impensáveis em tempo de paz. Será? O pensamento aparece colonizado pela belicidade e pelo armamentismo. Em tempo, a constatação deste repetitivo fenômeno vem da longa experiência dos autores atuando há anos na escola elementar com a disciplina de História para os anos finais do ensino fundamental.

 

Será esta experiência acima isolada? Ela encontra eco em outros contextos diversos? Quais alternativas podem ser debatidas para enfrentar em sala de aula o assédio da chamada “história como serviço”? Aproveitamos o ensejo aberto pelo 8oSimpósio Eletrônico de Ensino de História, direcionando este trabalho à mesa Ensino e Aprendizagem Histórica, com o fito de debater estes problemas e trocar experiências mútuas.

 

Referências biográficas

 

Dr. André Luiz Moscaleski Cavazzani, professor do programa de mestrado e doutorado profissional em Educação e Novas Tecnologias do Centro Universitário Internacional Uninter. Professor da rede privada de ensino, anos finais do ensino fundamental.

 

Dr. Rodrigo Otávio dos Santos, professor do programa de mestrado e doutorado profissional em Educação e Novas Tecnologias do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Referências bibliográficas

 

BLOCH, Marc. Apologia da História. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BREPHOL, Marion. O Corpo do Atleta ou a Euforia do sucesso. In BREPHOL, Marion & CAPRARO, André M. & GARRAFONI, Renata. Sentimentos na História: linguagens, práticas, emoções. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2013.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: O breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

JOHNSON, Steven. Cultura da Interface. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

OLIVEIRA. Dennison de. Professor-pesquisador em educação histórica. Curitiba: IBPEX, 2011.

 

PIKETTY, Thomas. O capitalismo no Século XXI. São Paulo: Intrínseca, 2014.

SANTOS, Milton. Da Totalidade ao Lugar. São Paulo: Edusp, 2008.

 

TURIN, Rodrigo. Os tempos da independência: entre a história disciplinar e a história como serviço. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/2236-463325ef00120>.

 

HOWARD, Michael. The Oxford History of the Twentieth Century. Oxford: Oxford University Press,1998.

 

7 comentários:

  1. Bom dia. Sou professora da rede estadual da Bahia. Amei o texto e quero leva-lo para a próxima Jornada Pedagógica do colégio. Queria pedir desculpas caso algumas palavras digitadas possuam ausência de acentuação, pois estou utilizando o teclado virtual. Toda a frase do trecho "a manutenção do foco e a retenção do apreendido deram lugar a transição lúdica, colorida, visualmente sedutora (...)” foi a frase que mais se destacou para mim. Sou professora e, principalmente, pós-pandemia percebemos que os docentes estão sendo cada vez mais sendo cobrados a seguirem esse perfil de profissional que afirmaram. Então, queria fazer uma pergunta: Os autores do texto acadêmico possuem algum trabalho acadêmico ou comentário que relacione os seus estudos com a análise dos novos livros de História do Novo Ensino Médio? Ou seja, perceber as afirmações levantadas pelos autores nos novos livros de História? Agradecida por toda a atenção e dedicação dos autores.
    MARINA LEITE SUZART

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    1. Oi Marina, tudo bem? Aqui é o Rodrigo respondendo. Primeiramente gostaria de agradecer às suas palavras. Que bom que o trabalho possa ser útil para você. Quanto à sua pergunta eu particularmente tenho um livro que fala sobre o livro didático de história, mas o livro foi escrito em 2015, portanto antes do novo ensino médio. Então, infelizmente, precisarei investigar mais sobre isso para dar um parecer melhor.
      Quanto ao levar este texto para a jornada pedagógica, é o que mais queremos: que o texto circule, seja lido pelas pessoas. Pode levar sim, e se precisar de mais alguma coisa, pode pedir que a gente tenta disponibilizar. Abraços e muito obrigado

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  2. Bom dia, Grande trabalho. Em história do Brasil, como acredita que deve ser a abordagem? Principalmente na época em que vivemos de Fake News e exaltação da Ditadura? Grato Marlon Barcelos Ferreira

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    1. Oi Marlon, que legal que você gostou do texto. Bom, num mundo de fake news a coisa é muito complexa, porque há um nível de credibilidade maior na informação proferida por um parente do que por um livro, por mais estúpida que seja a informação do parente. Para piorar, temos supostos intelectuais, como o astrólogo falecido Olavo de Carvalho, que levaram essa ideia do absurdo às livrarias. Daí temos que escutar coisas como "nazismo era de esquerda" e a pessoa tem como embasamento um livro best seller do referido defunto. Ou seja, piora cada vez mais.
      Neste caso, acredito que a melhor coisa a se fazer é trazer múltiplos dados de múltiplas fontes e tentar convencer o aluno da verdade.
      E, sempre que puder, promover a reflexão no aluno. Lançar dúvidas à fake news que ele apresenta. Mas nunca, nunca, nunca mesmo, desdenhar do aluno ou da pessoa que enviou a notícia falsa, porque daí você ganha um inimigo.

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  3. Olá autores! A tecnologia e sua relação com a educação é importante! Entretanto, salvo melhor juízo, é vista um tanto quanto romântica, como solução para o ensino! Acredito que a pandemia mostrou claramente seus dois lados: 1 A tecnologia é importante, mas não determinante!!! e 2 nós professores ainda carecemos de equipamento e treinamento! Como equilibrar o dilema? Abcs

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    1. graaaande Crema!! Saudades daí de União da Vitória! Bom, acho que é interessante a discussão do que é tecnologia, afinal, giz e quadro negro (além da própria língua portuguesa) são ferramentas. Então a questão parece ser mais com as ferramentas digitais. Essas podem ser super bacanas, e realmente ajudar as pessoas, mas ao mesmo tempo, segregam em diversos níveis. A começar pelo econômico, de quem tem um bom aparelho e quem não tem até geracional, com a relação entre os nativos e os migrantes digitais. Também há uma dificuldade humana em se reinventar a cada ciclo da tecnologia digital. É praticamente inviável fazer isso depois dos 40 anos, com boletos para pagar e família para dar atenção. Isto posto, me parece que a melhor solução dentro de sala de aula é aprender com os alunos, ou seja, deixar que eles nos ensinem como usar. A partir daí, podemos pensar em como usar tais tecnologias a nosso favor em nossas aulas.

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    2. Obrigado! Abcs! Tamo junto!

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