Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski e Rodrigo da Silva Souza

 NARRATIVAS DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE A ESCOLA

 

Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski

Rodrigo da Silva Souza

 

O presente texto trata-se de um relato de experiência de uma das atividades que foram desenvolvidas pelo Subprojeto de História do campus de Nova Andradina, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, do Programa Residência Pedagógica. As atividades foram desenvolvidas na Escola Estadual Professora Fátima Gaiotto Sampaio com a professora e estudantes do ensino médio.

 

Entre as atividades desenvolvidas no período de outubro de 2020 a março de 2022 por residentes do programa, destacamos a implementação do Núcleo Museu da Pessoa na Escola. A escola havia sido uma das selecionadas pelo Museu da Pessoa (https://museudapessoa.org/) para instituir o núcleo e após a sugestão da professora preceptora da escola concordamos que seria possível unir as atividades do Programa Residência Pedagógica a esse projeto.

 

O tema escolhido para o Núcleo Museu da Pessoa na Escola Professora Fátima Gaiotto Sampaio foi ‘Sujeitos da Escola’. Foram escolhidas, pela equipe escolar, diferentes pessoas que fazem parte da vida da escola, como a primeira diretora, hoje aposentada, mas que continua frequentando a escola assiduamente, o atual diretor, a funcionária que atua na limpeza da escola, o inspetor escolar e uma professora. Foram elaboradas, realizadas e transcritas entrevistas com cada pessoa com questões sobre as trajetórias de vida, desde a infância e a trajetória de cada uma na escola. Após essa etapa foram elaborados livretos com as entrevistas que foram impressos e estão disponíveis na biblioteca escolar, que é também aberta à comunidade externa. Na biblioteca, em uma das paredes, a professora de Artes pintou um painel com uma imagem de cada pessoa entrevistada e uma frase sobre a escola, dita por cada uma durante a entrevista. Um vídeo com trechos das entrevistas também foi editado e apresentado à comunidade escolar no dia do lançamento do projeto.

 

Paralelamente a essas atividades, que continuarão a ser desenvolvidas pela comunidade escolar, enriquecendo o mural/painel de sujeitos da escola na biblioteca, bem como o acervo de entrevistas nela disponibilizado, foi desenvolvida uma atividade com estudantes do ensino médio. Nas salas de aula de 4 turmas, sendo 2 do matutino e 2 do noturno, residentes falaram sobre o projeto, sobre os sujeitos da escola e sobre a importância de registrar as suas narrativas, as memórias escolares. Na sequência, foi entregue a cada estudante um roteiro com duas questões principais: 1) O que a escola representa para você? E 2) Cite algo da escola que mais te marcou: uma atividade desenvolvida; uma ou mais pessoas; um conteúdo que você aprendeu. Evidentemente, faziam parte desse roteiro perguntas de identificação como idade, série, identidade de gênero e uma questão sobre quanto tempo a pessoa estuda na escola. Não pedimos a identificação do nome, na expectativa de que se sentissem mais livres para escreverem o que quisessem, sem receio de serem reconhecidos/as.

 

Focaremos nosso relato nessa atividade desenvolvida com os/as estudantes, analisando suas narrativas em relação ao sentido da escola, à importância dos sujeitos que nela convivem e ao significado das atividades ali desenvolvidas. Ressaltamos que uma dificuldade encontrada foi em relação à escrita de estudantes, pois, majoritariamente, limitam-se a narrativas curtas, por vezes apressadas e por vezes evasivas. Algumas vezes, limitam-se a uma única palavra na resposta, em outras, deixam a questão em branco. Compreendemos que a atividade apresentaria resultados mais expressivos se fosse dedicado um tempo maior para o diálogo com estudantes em relação ao seu sentido. A atividade foi desenvolvida logo após o retorno às atividades presenciais e nos questionamos se a mesma não sofreu interferência, por um lado, da dificuldade de readaptação de estudantes ao espaço escolar e, por outro, do cansaço de desenvolver atividades das APC – Atividades Pedagógicas Complementares, que foi a dinâmica utilizada durante os dois anos de ensino remoto emergencial devido à pandemia do Covid-19, considerando que grande parte dos/as estudantes não tinham acesso às tecnologias para o desenvolvimento de aulas on-line. De qualquer forma, as narrativas desses/as estudantes, das mais elaboradas às mais evasivas, nos permitem refletir sobre diferentes questões relativas à vida escolar.

 

Narrativas de estudantes: a escola, seus sujeitos e suas atividades

 

Karen Christine Rechia e Caroline Jaques Cubas (2017), apresentam os resultados de um projeto desenvolvido com estudantes de uma escola da Espanha, por ocasião do 75º aniversário da instituição. Estudantes foram convidados/as a documentar tudo o que consideravam significativo em relação à escola, tanto em relação ao passado, quanto ao presente e ao futuro. Em suas considerações sobre os resultados do projeto concluem que a escola é entendida como um lugar de lembrar, de estar, de dizer e fazer. Essa perspectiva apresenta a escola como um lugar de movimento, reflexão e produção de saberes. É um lugar de experiência, e as autoras apropriam-se do conceito de experiência de Jorge Larrosa Bondía (2002) que a concebe como algo que acontece com a pessoa, que a toca e, em alguma medida, a transforma e não simplesmente o que acontece ou se passa sem afetar o sujeito.

 

Pensamos a escola como um lugar privilegiado para o contato com outras perspectivas, com outros saberes e com outros sujeitos. Jörn Rüsen (2015) argumenta que a sala de aula é um lugar de encontro com a diversidade cultural, com diferentes visões de mundo e formas de viver. E esses encontros, quando vivenciados como experiências significativas, aquelas que tocam, que afetam, são transformadores e potencializadores para a produção de conhecimentos. No entanto, nos questionamos se estudantes tem essa mesma perspectiva ou se a ideia de escola como obrigação é mais forte do que a ideia de escola como um direito.

 

Perguntamos, então aos/às estudantes o que a Escola representa para eles/as e a maior parte, a vê, ou pelo menos a descreve, como fonte de conhecimento, com um lugar para “aprender coisas novas” e grande parte a entende como espaço de cultura, embora não evidenciem o que entendem por cultura. Maria Auxiliadora Schmidt (2011) argumenta que cultura pode ser entendida como um processo integral da vida, como um produto da experiência que resulta de uma tradição seletiva, que tem relação com o tempo e o espaço, mas sobretudo, afirma que somos produtos e produtores de cultura. Ao analisarmos o todo das respostas de estudantes, compreendemos que se referem a uma ideia de cultura que remete a uma produção de saberes outros aos quais possivelmente não teriam acesso fora da escola. É importante lembramos que estamos falando de estudantes de uma escola pública de uma cidade interiorana e que, grande parte deles/as, não tem acesso a outros espaços culturais de educação não formal. A escola seria, portanto, um lugar do novo e esse novo tem relação com expectativas de futuro, o que é perceptível em frases como “Representa minha vida toda e o meu futuro”, “um lugar de ensino para futuro na vida”, “onde eu aprendo coisas que vou levar para a vida” ou “aprender coisas novas para o meu crescimento e amadurecimento”. O significado de escola aqui remete à ideia de um lugar em que se pode conhecer e produzir cultura.

 

A ideia de escola como uma família ou um segundo lar surgiu nas respostas de estudantes assim como a concepção de escola como espaço de sociabilidade, onde amizades são construídas e/ou fortalecidas. Algumas respostas são impactantes como da adolescente de 15 anos, estudante do período noturno, que afirmou que a escola representa “Uma maneira de sair um pouco da minha vida, fugir um pouco da realidade, mesmo que seja uma escola, às vezes até isso é melhor do que o ‘cotidiano’” ou da adolescente de 17 anos, estudante do período matutino que argumenta que “A escola, às vezes, é meu ponto de paz, por estar com pessoas que gosto e que me ajudam a passar por qualquer coisa”.

 

É importante pontuar que essas narrativas que apresentam a escola como um refúgio foram sobretudo de meninas. Apenas um adolescente de 16 anos, do período matutino, destacou que a escola representa o seu “refúgio do mundo”. Isso nos remete a pensar nos altos índices de discriminação e de violência de gênero (verbal, física, moral, patrimonial, sexual) que atingem mulheres, e em como, muitas vezes, a escola é entendida como único lugar seguro. Tais narrativas revelam o quão importante é pensarmos a escola como um espaço de acolhimento, onde estudantes se sintam seguros/as e onde encontrem oportunidades de vislumbrar outras perspectivas de vida. Destacamos aqui a relevância das reflexões sobre gênero e educação que precisam ser trabalhadas na formação docente e de toda a equipe escolar, para que questões sensíveis sejam consideradas e exploradas adequadamente. Estas questões precisam também configurar o currículo escolar, os materiais didáticos, para que esse refúgio, que é a escola para esses/as estudantes, não seja apenas um lugar de fuga da realidade, mas de preparação para outras realidades possíveis, mais dignas, menos violentas, mais justas (ESTACHESKI, 2016).

 

Em tempos de insegurança alimentar sabemos que a escola é também o único lugar em que muitos/as tem acesso à alimentação e é nela também que grande parte de estudantes tem acesso às artes, aos esportes, às tecnologias. A compreensão disso fez com que a escola em que o projeto foi desenvolvido tenha se tornado um espaço aberto a estudantes e à comunidade, durante todo o dia, com diferentes projetos sendo nela desenvolvidos.



Figura 1: Sentido da Escola

Fonte: Elaborado por Rodrigo da Silva Souza

 

Quando questionamos sobre quem seriam as pessoas que mais marcaram suas trajetórias escolares, as amizades foram as mais indicadas, ressaltando que por vezes se referem a amigos/as e por vezes a colegas de classe. Estabelece-se assim a percepção da escola como um espaço de sociabilidade importante. Na sequência foram indicados/as docentes e as denominadas “tias da merenda”. É perceptível como as relações de afeto se sobrepõem e mesmo quando se referem a docentes, não é tanto o que ensinam o fator marcante, mas o como ensinam e se relacionam com estudantes. Entre as explicações relativas ao motivo dessas pessoas terem marcado suas trajetórias escolares estão narrativas como: “a professora [...] foi muito especial para mim, e vou guardar com carinho”, “um cara chamado [...] foi o único a me cumprimentar de primeira”, “a tia do portão porque é legal dar bom dia pra ela”. Mais uma vez, o acolhimento é destacado como fator significativo da vida escolar.

 

Compreender isso não significa minimizar a ideia de escola como lugar de socialização dos conhecimentos historicamente produzidos, mas sim, de entender, como bem argumenta Flávia Eloísa Caimi (2015, p. 111) que a docência precisa mobilizar os saberes a ensinar, os saberes para ensinar e os saberes do aprender ou, “Para ensinar história a João é preciso entender de ensinar, de História e de João”.

 


Figura 2: Pessoas significativa na escola

Fonte: Elaborado por Rodrigo da Silva Souza

 

Alguns/mas estudantes respondem todas as perguntas de forma bem evasiva, deixando questões em branco, afirmando que a escola não significa nada e que ninguém ali marcou ou marca suas trajetórias. São poucos/as, mas é importante refletirmos se essas respostas são indicativos apenas do desprezo/descaso pela atividade em si ou revelam que para alguns/mas adolescentes a escola e tudo que a envolve, de fato, não faz sentido. Vale pontuar que entre os/as estudantes que deixaram respostas em branco estão alguns que justificaram que acabaram de entrar nessa escola e, portanto, não tiveram um período significativo de vivência nela. A maior parte das respostas deixadas em branco ou afirmações de que nada e ninguém se tornou significativo na escola foram percebidas entre estudantes do período noturno. Entre outras explicações possíveis é relevante pensarmos sobre a dinâmica de vida desses adolescentes e jovens que majoritariamente trabalham o dia todo, geralmente em subempregos, e estudam à noite. O cansaço é um problema que se evidencia na narrativa de um estudante que ao ser questionado sobre uma atividade desenvolvida marcante afirmou: “hora de ir embora, porque depois da Escola dá para dormir”.

 

Para além do cansaço é preciso pensar na falta de perspectiva de futuro, pois embora muitos/as tenham colocado em suas respostas que a escola representa possibilidades de futuro, esses/as estudantes não estão conseguindo enxerga-la da mesma maneira. Seja pelo cansaço, seja pelo descaso com a atividade, seja pela não compreensão do seu sentido ou outra explicação possível, ressaltamos que tais indicativos devem nos motivar a repensar concepções e práticas escolares. Concordamos com Isabel Barca (2011, 38) quando ela afirma que “As complexidades do mundo actual exigem uma resposta educacional também complexa e sobretudo consistente, não meramente prescritiva”. Não há uma resposta fácil para tais inquietações, mas inquietar-se é primeiro passo para buscarmos alternativas possíveis.

 

As respostas de estudantes em relação às atividades desenvolvidas que foram consideradas mais significativas para eles/as podem indicar um caminho a seguir. Para essa questão as respostas foram muito variadas. Embora as atividades esportivas tenham se sobressaído (32% indicaram o vôlei e 21% a Educação Fisica), várias outras foram apresentadas, com destaque para atividades artísticas, como Pintura ou Teatro e projetos desenvolvidos nas disciplinas que expressam relações diretas com a vida prática, como o projeto de horta escolar e atividades relacionadas com produções desenvolvidas pelos/as próprios/as estudantes, seja no laboratório de Química ou na organização de uma exposição (foram mencionadas duas, uma relativa à história da Erva Mate, significativa para a história regional e outra que promoveu a elaboração de cartazes sobre o Dia das Mulheres).

 

É perceptível que aquilo que envolve os/as estudantes/as de forma direta na produção do saber ou em uma prática que os movimenta se configura como ação que produz significado, pois são experiências, são coisas que acontecem com eles/as, que os/as afetam muito mais do que os conteúdos que precisam ser recebidos de forma passiva. Não estamos aqui afirmando que as aulas expositivas são desprezíveis, entendemos que elas são fundamentais na vida escolar para introdução de conteúdos, para explicação de conceitos complexos, mas elas precisam ser provocativas, precisam estimular o pensamento, o diálogo, o envolvimento de estudantes com a produção dos saberes.

 

As narrativas de estudantes nos revelaram que a escola é lugar de acolhimento, de conhecimento, de movimento, de acesso à cultura, aos esportes e às tecnologias. É lugar de experiências e de produção de saberes que estimulam perspectivas de futuro. No entanto, nem todos/as os/as estudantes a percebem da mesma maneira e isto pode ter relação com questões sociais, econômicas, emocionais dos/as próprios/as estudantes, mas também pode ter relação com concepções teórico/práticas que precisam ser continuamente repensadas. De uma forma ou de outra, precisamos nos afetar por essa experiência de ouvir estudantes para buscarmos alternativas para tornar nossas escolas lugares de experiências significativas para todos/as.

 

 

Referências biográficas

 

Dra. Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski, professora do curso de História da UFMS/CPNA, orientadora do Programa Residência Pedagógica.

 

Rodrigo da Silva Souza, estudante do curso de História da UFMS/CPNA, bolsista do Programa Residência Pedagógica.

 

Referências bibliográficas

 

BARCA, Isabel. O papel da educação histórica no desenvolvimento social. In: CAINELLI, Marlene; SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Educação histórica: teoria e pesquisa. Ijuí: UNIJUÍ, 2011.

 

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. N. 19. Jan/fev/mar/abr/2002. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782002000100003. Acessado em 15/05/2021.

 

CAIMI, Flávia Heloísa. O que precisa saber um professor de História? História & Ensino, Londrina, v. 21, n. 2, p. 105-124, jul/dez, 2015.

 

ESTACHESKI, Dulceli de Lourdes Tonet. Gênero na escola sim, mas como fazer? In: BUENO, André da Silva; ESTACHESKI, Dulceli de Lourdes Tonet; CREMA, Everton Carlos (Orgs.). Gênero, educação e sexualidades: reconhecendo diferenças para superar [pré]conceitos. Uberlândia: Editora dos Autores, 2016.

 

RECHIA, Karen Christine; CUBAS, Caroline Jaques. Elogi de l’escola Escolta: o ordinário da escola em imagens. In: LARROSA, Jorge (Org.). Elogio da Escola. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

 

RÜSEN, Jörn. Humanismo e Didática da História. Curitiba: W.A. Editores, 2015.

 

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. A cultura como referência para investigação histórica. BARCA, Isabel. Educação e consciência histórica na era da globalização. Braga: Universidade do Minho, 2011.

14 comentários:

  1. Prezados, boa tarde.
    O estudo de vocês revela situações bastante semelhantes às realidades dos estudantes da escola onde leciono, aqui no Rio de Janeiro. Os apontamentos de vocês são muito relevantes para conhecermos um pouco do universo da escola. Tenho duas perguntas:
    1- Qual é o feedback em relação ao acesso à obra produzida com as entrevistas da comunidade escolar? Vocês saberiam dizer se outros docentes da escola utilizam esse registro em suas atividades? A comunidade acessa a obra com frequência?
    2- Vocês atribuem a que as respostas evasivas? É possível identificar, em alguma delas, uma pressa em responder as perguntas?
    Obrigada.
    Lucilia Maria Esteves Santiso Dieguez

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    1. Boa noite, Dulce!
      Sem sombra de dúvidas inúmeros fatores levam a esta "agilidade" dos estudantes em responderem as perguntas. Sigamos firmes e mais uma vez parabéns pelo trabalho!
      Lucilia Maria Esteves Santiso Dieguez

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    2. Dulceli Tonet Estacheski14 de setembro de 2022 às 08:54

      Sigamos! Obrigada!

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    3. Sigamos na resistência através das produções em sala de aula.
      Lucilia Maria Esteves Santiso Dieguez

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  2. Bom dia, Dulceli e Rodrigo!
    As respostas de discentes do Ensino Médio apresentadas levam a reflexões importantes sobre o papel docente. Na escola e na sala de aula incidem graves problemas da sociedade contemporânea, como por exemplo, a fome, a violência de gênero, o subemprego, que aparecem nas respostas dos questionários. Como pensar a formação docente nesse contexto complexo que é o ambiente escolar e essa etapa do ensino (Ensino Médio)?
    Parabéns pelo artigo que apresenta aspectos importantes da realidade educacional atual.
    Ilana Peliciari Rocha

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    1. Ilana, obrigada! Eu respondi seu comentário no novo comentário abaixo, rsss... Me confundi na hora de responder... Mas copio aqui a reposta: A formação docente precisa ser cada vez mais humanizada. Tem um texto da Flávia Heloisa Caimi, no qual ela argumenta que "para ensinar história a João é preciso entender de ensino, de História e de João". Concordo muito com isso, é preciso, obviamente formar para o conhecimento histórico, para a reflexão teórico metodológica relativa aos processos de ensino e aprendizagem, mas é fundamental formar para a compreensão da realidade social de nossos estudantes.

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  3. Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski15 de setembro de 2022 às 14:54

    A formação docente precisa ser cada vez mais humanizada. Tem um texto da Flávia Heloisa Caimi, no qual ela argumenta que "para ensinar história a João é preciso entender de ensino, de História e de João". Concordo muito com isso, é preciso, obviamente formar para o conhecimento histórico, para a reflexão teórico metodológica relativa aos processos de ensino e aprendizagem, mas é fundamental formar para a compreensão da realidade social de nossos estudantes.

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  4. Parabéns Duceli e Rodrigo pelo trabalho!

    Muito interessante a metodologia e as reflexões da pesquisa. Gostaria de saber se houve resistência dos alunos nas atividades propostas, ou, se eles abraçaram a ideia logo de início?

    Sarah Karolina Sucar Ferreira

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    1. Rodrigo da Silva Souza15 de setembro de 2022 às 20:03

      Olá, Sarah! Obrigado pela pergunta e pela leitura do texto. Quando realizamos a atividade com a primeira turma, propomos, no final do questionário, uma dinâmica oral, com os/as alunos/as, que consistia em uma roda de conversa a respeito das respostas deixadas no questionário. Para responder esse questionário – escrito e anonimamente – não houve resistência dos/as alunos/as. Quando tentamos executar a dinâmica oral, essa resistência ficou evidente (e aqui, abrimos um longo parênteses, pois essa resistência pode ter sido derivada da falta de intimidade dos/as alunos/as com os/as residentes, derivada da falta de contato que ambos tinham, em consonância com a execução remota do Programa Residência Pedagógica por conta da pandemia). Então, para as turmas seguintes, decidimos por seguir apenas com a atividade escrita e estabelecer nossas analises a partir dessas respostas.

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    2. Obrigada pela resposta! Parabéns pela persistência da dupla que mesmo com a resistência dos alunos não desistiram do trabalho.

      Sarah Karolina Sucar Ferreira

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  5. As narrativas, salvo melhor juízo, trouxeram a tona algo que no cotidiano escolar, na sucessão dos conteúdos se apresenta secundário! As relações pessoais, acolhimento, viveres, nesse sentido, qual a importância da ideia de humanização defendida por Rüsen no ensino de história! No que devemos prestar mais atenção? OBGD!!!

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    1. Rodrigo da Silva Souza15 de setembro de 2022 às 19:36

      Olá, Everton! Obrigado pela pergunta! Penso que, atualmente, somos constantemente envolvidos pela liquidez da nova era digital. Com a globalização e o avanço profuso das tecnologias de informação, repensar a forma como uma escola promove o seu ensino é imprescindível. Considerar a subjetividade de cada aluno, reconhecer que cada indivíduo é completo, com sonhos, frustrações, medos e, portanto, precisa ser concebido em sua totalidade. Nesse contexto, a escola deve se transformar em um local acolhedor, auxiliando diretamente na construção intelectual, psicológica e física do aluno de acordo com a sua realidade.

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    2. Dulceli Tonet Estacheski16 de setembro de 2022 às 14:35

      Everton, no livro Humanismo e Didática da História, Rüsen afirma que na escola "devemos encarar o rosto da humanidade", devemos olhar para quem está lá e é a partir disso que o viver a escola deve acontecer. Que a escola seja sempre (e as que não são... que passem a ser) o lugar seguro, o lugar que acolhe, o lugar que inspira para que nela sejam produzidos muitos saberes.

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    3. Obrigado Rodrigo e Obrigado Chefe!!! Abcs! Apertados!!!

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