Jessica Caroline de Oliveira

 CARNAVAL, ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA POPULAR NA IDADE MODERNA

 

Jessica Caroline de Oliveira

 

Partindo do pressuposto que o ensino de história deve estar alicerçado com a vida prática do alunado, este ensaio tem por objetivo apresentar um marcador cultural que faz parte do cotidiano/calendário brasileiro: o carnaval. Neste sentido, buscando delineá-lo dentro de um recorte histórico, optou-se por dialogá-lo com a História Moderna, sobretudo, pela possibilidade do uso do conceito de cultura popular. Para dar tratamento a estas colocações, o texto fará uma breve apresentação acerca da Modernidade, o conceito de cultura popular e, por fim, a discussão acerca do carnaval – as proibições e remodelações.

 

Nos liames do movimento das sociedades, arquétipos conceituais foram orquestrados a fim de expressar as suas flutuações, mudanças e permanências sociais, políticas, econômicas e culturais. Dentro deste horizonte crítico, Telma Piacentini (2011) explica que no século XII o conceito de “moderno” foi utilizado para (re)definir e situar a Europa frente as suas transformações e percepções que procuravam distanciar-se dos princípios e valores entendidos enquanto medievais. Os sentidos e significados atribuídos a ele não eram homogêneos, pois variaram conforme os séculos. Nesta acepção, o que se pode dizer é se trata de um vocábulo gestado ainda no período medieval, o qual contava com o intuito de designar aos seus contemporâneos que se vestiam enquanto defensores da sabedoria dos antigos. Em decorrência disso, durante o Renascimento, os humanistas buscaram definir a si a partir dessa ruptura com o contexto medievalista, atribuindo a ele a ideia de que se tratava de um período que os separava das glórias, da arte e do conhecimento produzido na Antiguidade clássica.

 

Face a essas colocações, deve-se sublinhar que foi no século XVIII que a concepção de modernidade dilatou sua definição e tornou-se um projeto, pois, configurou-se a partir da confiança e do anseio em melhorar a condição humana, evocando assim, a ação política como ponto de partida para a sua atuação. O jogo aí alocado deve-se, em partes, pelo momento pós Revolução Francesa e a sedimentação das relações sociais subsequentes, interpretada como uma ruptura simbólica com o passado, ou melhor, com o contexto chamado de Antigo Regime. É importante evidenciar que o século XIX também propiciou um conjunto de marcas e mudanças na experiência humana, como o desenvolvimento das tecnologias, ampliação do capitalismo, do conhecimento e das instituições sociais em prol de um progresso contínuo e inevitável.

 

Tomando como referências estas assertivas, o contexto emanado como Idade Moderna tangenciou a definição e elaboração de um processo histórico articulado pela historiografia como “cultura popular”, cujos pressupostos teóricos permitem compreender um mosaico de mudanças, transformações, permanências e resistências plurais e singulares da experiência humana e, por assim dizer, da cultura popular. Seguindo nesta linha de argumentação, Petrônio Domingues (2011) advoga que a separação da cultura em uma esfera popular ocorreu em meados do século XVIII, na medida em que o conceito de folclore (saber do povo) demarcava as manifestações culturais das classes mais abastadas. Isso impele a pensar que a cultura foi hierarquizada e, em decorrência, primou por práticas que faziam alusão a elite social. No século XIX, em contrapartida, o povo foi idealizado em suas práticas culturais que, entendidas como “puras”, “naturais” e “vestígios” do passado, fomentaram um processo de pesquisas acerca do universo folclórico, interpretado como “exótico”. O interesse em descrever o repertório da miríade cultural popular vinculava-se a ideia de que estas práticas estariam condenadas à morte e/ou ao seu desaparecimento, conforme pleiteasse diálogos com os centros urbanos e a cultura culta. Remetido a um campo simbólico mais amplo, os estudos sobre as práticas populares “sobreviventes” tomou corpo a partir do conceito de “cultura popular”. Mas, o que seria essa cultura popular?

 

Evocando as colocações de Peter Burke (1989), entende-se que o conceito de cultura esteve ligado a uma cultura hegemônica das classes dominantes, fazendo referência à literatura (acadêmica), música (clássica) e a ciência. Portanto, ao associar a noção de cultura à esfera não elitista, novos objetos passaram a compor o universo cultural, entre eles, a literatura de cordel, canções folclóricas e a medicina popular. Cabe ressaltar que essa concepção se tornou dilatada, agregando outras práticas, fossem elas artefatos – imagens, ferramentas e construções –, ou aspectos do dia a dia, como a língua, a alimentação, os saberes, entre outros. Dentro deste caleidoscópio, para entender a perspectiva vinculada a noção de popular, pode-se tangenciar com uma cultura não-oficial e da não-elite, ou seja, das classes subalternas. Cotejando com Petrônio Domingues (2011), entende-se que a cultura popular se trata de um conceito que configura práticas ambíguas e contraditórias que, diante da cultura dominante, combinava estratégias de resistência e conformismo, ora recusando-a, ora aceitando-a, ou então, confortando-se a ela. O fato é que ela permite perceber e entender como as ações humanas, sejam elas populares ou não, fazem parte de um processo plural, multifacetado e em constante (re)criação, como também, enquanto reflexo da relação e das tensões entre os interesses sociais, sejam eles da esfera religiosa, da elite ou popular.

 

Dialogando com essas discussões, é possível reconhecer as fronteiras tênues das práticas culturais na idade moderna tomando como referência o debate de Peter Burke (1989) no livro “A cultura popular na Idade Moderna”. Neste sentido, é evidente que não se tem a pretensão de apresentar uma análise detalhada da obra, mas sim, tecer algumas considerações acerca do modo como o autor delineia aspectos da cultura popular, a partir do carnaval, bem como, a tessitura discursiva produzida pela esfera clerical a fim de limitar sua práxis. Portanto, o atento olhar do autor impele a pensar não apenas nas práticas em si e suas proibições, mas na maneira como os sujeitos se articulavam, pensavam e atuavam a partir destas festas, as quais, se configuravam enquanto espaço de múltiplas práticas culturais.

 

Para pensar essas representações sobre o Carnaval e a Quaresma, Peter Burke  (1989) cita a obra intitulada “O combate do carnaval e da quaresma”, de Peter Bruegel, de 1559. Os elementos que compõe a pintura são bem sugestivos, pois trazem luz as tensões entre protestantes e católicos, na medida em que os primeiros são representados pelo príncipe Carnaval, gordo e alegre; ao passo que os católicos são representados pela Quaresma, magra e triste, conforme se pode observar na imagem abaixo. Esse embate entre um gordo com seu barril e uma velha magra sentada em uma cadeira revela indícios acerca do imaginário medieval, o qual partia não só dos pintores em si, mas da forma como essas disputas circulavam e eram reapresentadas em encenações públicas.

 

      


Fonte: Museu de História da Arte de Viena, Áustria

  

Fonte: Museu de História da Arte de Viena, Áustria.

 

Nesta acepção, o Carnaval era um homem gordo, alegre, jovial, barrigudo, colorido e, às vezes, enfeitado com comidas ou acompanhado por um caldeirão de macarrão. A Quaresma, por sua vez, era uma senhora magra, triste, vestida de preto e enfeitada com peixes. Estes dois personagens, em atos públicos, poderiam encenar torneios em que estavam montados em um cavalo gordo ou magro, cada qual com seus simpatizantes. Durante as festas, poderia ocorrer a cena em que o Carnaval enfrentava um processo, o qual era obrigado a fazer uma confissão e imitar um testamento, além disso, poderia ser executado na fogueira e recebia um funeral de gozação. Era comum que fizessem o sacrifício de um porco em alusão ao Carnaval, ou então, enterrar uma sardinha, tendo como referência a Quaresma. O quadro, as festas e as disputas do Carnaval e da Quaresma, mais do que formas de brincar com os valores de sua época, essas representações possibilitam perceber, segundo Peter Burke (1989), as tensões entre a cultura popular, representada pelo Carnaval, e a cultura tradicional, representada pela Quaresma, que, sob a figura da Igreja e do Clero, objetivava suprimir as festas populares. A tentativa de reformular a cultura popular foi intensificada pela luta entre protestantes e católicos que buscavam purificar essas práticas e as formas de religião popular que se manifestavam, como as leituras de sorte, adivinhações, dados, contos folclóricos, entre outros.

 

Seguindo nesta linha de raciocínio, as estratégias pensadas para reprimir ou extinguir essas práticas das festas populares pode ser entendida como uma ferramenta utilizada pelos católicos e protestantes para separar o sagrado e o profano. No entanto, entre eles, havia especificidades naquilo que consideram aceito ou não no tocante as festas, tendo em vista que os católicos buscavam significar e modificar determinadas práticas; ao passo que os protestantes eram mais inclinados a sua eliminação. Partindo destes pressupostos, pode-se considerar que as tentativas de ressignificar ou apagar essas manifestações culturais denota que havia uma resistência da cultura popular em manter aquilo que lhes interessava e, pelo viés religioso, era considerado profano.

 

Observar as nuances que protestantes e católicos definiam como certo ou errado permite perceber os aspectos comuns à cultura popular que, dentro deste contexto, era estigmatizada. Nesta acepção, alguns pontos podem ser destacados enquanto elementos que eram combatidos pelos protestantes, como a oposição à Quaresma e ao próprio Carnaval, jogos, magia, feriados ou festas vinculadas aos santos católicos (também comparados aos deuses greco-romanos), culto à imagem, costumes e superstições consideradas pagãs e pelo fato de que associavam o Carnaval com os bacanais romanos. Neste sentido, as festas eram palco de reprovações culturais pelos protestantes, como também, um argumento para criticar fortemente os católicos. Dito isso, com o processo de reforma católica, algumas mudanças passaram a operar nessas festas populares, entre elas, a adoção sagrada das festas em contraste a sua profanação, criticavam o uso do espaço das igrejas enquanto palco de encenações ou danças, proibição do uso de figuras religiosas para fantasias, proibição da participação do clero, culto e adoração em excesso aos santos, crenças ou estórias. Peter Burke (1989) esclarece que essas tentativas de (re)adequação das festas foi uma tática utilizada para moldar aos poucos a cultura popular à cultura católica. Entretanto, revela que esse processo atuou de mão-dupla, pois foi preciso que a igreja também cedesse as práticas e crenças populares, como é o caso da adaptação da festa pagã de Solstício de Inverno enquanto Natal, bem como, a festa de Solstício de Verão como festa de São João.

 

Dentro desta ótica, nem sempre católicos e protestantes estiveram em conflito nesse processo de mudança da cultura popular, afinal, ambos atacavam o teatro, a magia e as bruxas, além das práticas e rituais populares considerados irreverentes, blasfemos, escandalosos ou profanadores dos mistérios sagrados. Eram contrários aos sermões populares, peças religiosas que exageravam ou satirizavam figuras sagradas e o pecado com que se configuravam as festas populares, tanto pela embriagues, imoralidade das danças, quanto por se configurarem como um desperdício de tempo e de dinheiro. Peter Burke (1989), nesta perspectiva, desvela que atrelado as críticas supracitadas à cultura popular nas festas de Carnaval, esse período é marcado por duas éticas ou concepções de vida rivais: uma delas vinculada à decência, ordem, autocontrole, prudência e razão, também chamada de ética pequeno-burguesa; a outra, entendida como ética tradicional, a qual enfatizava os valores de generosidade e tolerância à desordem.

 

A reforma da cultura popular, deste modo, ocorreu de formas específicas na Europa Ocidental e na Europa Oriental, cada qual, conforme seus contornos religiosos. Em decorrência, nota-se que o ensejo pela reforma da cultura popular se deu por parte do clero católico e protestante que, a partir de suas proibições e reformulações, operacionalizaram transformações e propiciaram novas formas de cultura que foram apropriadas pelo povo. No entanto, é importante dizer que, meado do século XVII, ainda que a Europa contasse com regiões mais urbanizadas, haviam outras que eram de difícil acesso, portanto, houve nesses espaços uma sobrevivência do catolicismo pré-reforma. Isto é, a batalha entre o Carnaval e a Quaresma prosseguia, inclusive, como exemplo de resistência cultural em alguns lugares de atuação protestante, como foi o caso da Noruega com suas crenças pagãs, ou da Alta Escócia por meio de canções e baladas tradicionais. No século XVIII, o palco europeu ainda revelada traços das expressões culturais populares, como peças de mistérios, baladas de rua, touradas, teatro, cantores de rua, magias, receitas populares, entre outros.

 

De forma prática, as tentativas de reformar a cultura atingiram mais rapidamente uma minoria culta do que as camadas subalternas, fomentando assim, uma separação entre essa minoria e as tradições populares. Mais do que interesses específicos do clero católico e protestante, as transformações e resistências da cultura popular dialogaram com um cenário mais amplo, composto por transformações econômicas, sociais e políticas. Frente a estas colocações, pode-se observar que as práticas culturais estiveram ligadas ao seu ambiente, aos grupos e modos de vida a ele vinculados. Entre as mudanças acima citadas e que atuaram de forma marcante nas transformações da cultura popular, há a revolução comercial e/ou o crescimento do capitalismo, a revolução nas comunicações, relação entre preço e salário; cujo processo legou um conjunto de alterações nas manifestações e práticas culturais populares.

 

Portanto, a partir das assertivas de Peter Burke (1989), entende-se que até o século XVI as práticas culturais eram divididas entre uma cultura para os sujeitos instruídos e outra que comportava o restante da sociedade. Essas relações foram sendo alteradas com as tentativas de reformular as bases culturais populares pelo clero católico e protestante. Neste sentido, no século XIX, o clero, a nobreza, os comerciantes e profissionais liberais buscaram se distanciar da cultura popular, a qual passou a ser associada às classes baixas. Como é possível notar, a separação cultural passou a adotar critérios vinculados às diferenças sociais, concepções de mundo e um novo modelo de vida, pautado em códigos, valores e padrões que valiam-se das orientações estabelecidas pelos livros de boas maneiras e normas de etiqueta. A circulação de livros, livretos e outros impressos, entre 1500 a 1800, fez circular tipos diferentes de literatura, ensinamentos médicos, agrícolas, religiosos e astrológico. A difusão destes materiais permitiu conservar a cultura popular e fazê-la transitar pela sociedade. Vinculado a este contexto oitocentista, novas transformações foram operacionalizadas à cultura, a qual se tornou cada vez mais secularizada e politizada, tendo em vista a descristianização e as premissas ali presentes que gestavam novos medos e esperanças.

 

Reflexo das grandes transformações operadas pela Renascença, Reforma, Contrarreforma e a Revolução Científica, a cultura popular europeia na idade moderna esteve longe se manter estática. No entanto, as disparidades impostas pela cultura culta à cultura popular, legou um olhar a este mosaico de trocas e experiências, canções, crenças e festas enquanto exóticas, curiosas e dignas de registro, resultando assim, na redescoberta da cultura popular como algo estranho e, ao mesmo tempo, interessante, o que passou a interessar pesquisadores e leitores das práticas culturais do oitocentos.

 

Por fim, a cultura popular outrora estigmatizada, passa por um processo de releitura e valorização. Conhecer este processo permite entender as mudanças e permanências destas práticas culturais em nossa cultura atual, como também, perceber que a marginalização da cultura popular ainda se faz presente, sobretudo, quando observamos, por exemplo, alguns discursos voltados para o funk, seja no sentido da música ou da dança. Isso impele a pensar que as formas de comportamento e cultura popular ainda passam por filtros de preconceito e marginalização, apresentados como opostos aos ‘bons costumes’, a ‘família tradicional’ e a uma concepção de não cultura, tomando como parâmetro valores religiosos e moralistas na definição do que compõe os traços culturais brasileiros. Portanto, as tensões e resistências entre/da cultura popular possui raízes históricas. Refletir sobre este tema possibilita se situar no tempo, interpretar fatos e gerar sentido para a vida prática, compondo assim, uma consciência histórica pautada nas lutas, permanências e transformações de aspectos que fazem parte da nossa constituição enquanto seres humanos. (RÜSEN, 2007)

 

Referências biográficas

 

Jessica Caroline de Oliveira. Licenciada em História pela Universidade Estadual do Paraná, campus de União da Vitória. Possui Especialização em Cultura Afro-brasileira pela Universidade Cândido Mendes e em História, Arte e Cultura pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, onde também possui Mestrado em História, Cultura e Identidades. Atualmente, é aluna de doutorado em História, Poder e Práticas Socais na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus Marechal Cândido Rondon. 

 

Referências bibliográficas

 

BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

 

DOMINGUES, Petrônio. Cultura popular: as construções de um conceito na produção historiográfica. História (São Paulo) v.30, n.2, p. 401-419, ago/dez 2011.

 

PIACENTINI, Telma. A cultura popular na idade moderna: questões. Revista Pedagógica - UNOCHAPECÓ – Ano 14, n. 27, vol. 02, jul./dez. 2011

 

RÜSEN, J. História viva: formas e funções do conhecimento histórico. Jörn Rüsen; tradução de Estevão de Rezende Martins. – Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007.

3 comentários:

  1. Olá Jéssica! Ensinar a partir da Historia Cultural, salvo melhor juízo, é tão importante quando difícil! Pergunto como podemos ensinar uma historia cultural que faça significado e relação com nossos alunos, em sua maioria de classes baixas, somadas as dificuldades de preservação de nossa cultura mais popular? Abcs!!!!!

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    1. Olá, boa tarde. Agradeço pela leitura e pelas considerações.
      Acredito que a História Cultural é uma linha historiográfica que permite traçar diferentes estratégias de aproximação com o alunado, pois possibilita estabelecer debates acerca das mudanças, permanências e transformações culturais que fazem parte da realidade prática d@s estudantes. Se observamos no texto acima, ele aponta alguns marcadores culturais acerca do carnaval e da quaresma, os quais, ainda nos dias de hoje, fazem parte da vida das pessoas e, a partir dele, podemos realizar o diálogo entre passado e presente, discutir as mudanças e permanências em relação a sua historicidade e tecer paralelos com outros elementos culturais que também fazem da construção da cultura de noss@s alun@s, sobretudo, aquelas que são constructos locais e permeiam a identidade d@s mesm@s. Neste sentido, podemos ouvir noss@s alun@s sobre suas experiência culturais e confrontá-las/compará-las com aquelas discutidas nos textos ou delineadas nas fontes históricas, oportunizando a percepção de como a cultura é fluida, em constante transformação e um elemento a configurar o grupo/sujeito. Portanto, a cultura que podemos entender enquanto cultura popular, é fruto de mudanças e transformações, sendo seus produtores/reprodutores agentes históricos e suas práticas, sejam elas resultados de especificidades locais ou não, são tão importantes quanto aquela cultura hegemônica e tida como cultura nacional. Debater a cultura popular em sala de aula é uma forma de propiciar o protagonismo das práticas populares e de noss@s alun@s, pois gera sentido, significado e orientação de suas singularidades para a vida prática. Espero ter respondido a sua pergunta. Abraços. Jessica.

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    2. Jéssica ! bacana! Obgd e Abcs!

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