Rodrigo Perles Dantas

PARA UMA EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE: A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO

 

Rodrigo Perles Dantas

 

Esta proposta de comunicação tem como objetivo abordar um tema trabalhado em minha dissertação de mestrado, na qual buscamos relacionar história e saúde indígena em intercâmbio com o meio ambiente. Nesta, trabalhamos com as plantas medicinais da América portuguesa no primeiro século de colonização (XVI). A partir das fontes de pesquisa, principalmente documentos escritos produzidos na época por viajantes, cronistas e colonizadores, pôde ser criado um panorama acerca da natureza americana e suas potencialidades.

 

Dessa forma, buscaremos trabalhar com temas de forte apelo contemporâneo e como podemos aplicar estes conhecimentos na educação. Partindo do pressuposto de iniciar os conteúdos a partir do interesse dos alunos e da coleta de conhecimentos prévios, esta temática se encaixa de maneira premente no universo dos mesmos (ALBUQUERQUE JR, 2012, p. 32).

 

Consideramos que um dos principais objetivos das Ciências Humanas na educação é levar o aluno a refletir sobre o mundo que o cerca, interpretando este universo e possibilitando uma formação cidadã. Dessa forma, aquilo que é aprendido na educação básica, pode ser levado como conhecimento para a vida, o que alguns autores como Jörn Rüsen denominam de “consciência histórica”. A partir de uma formação para a cidadania, ao interpretar o mundo a sua volta, o educando pode propor soluções e agir de forma mais consciente em sociedade (RÜSEN, 2011).

 

Considerando que a temática de educação ambiental está presente na BNCC, tanto nas disciplinas de humanidades quanto nas Ciências da Natureza (EF08CI16; EF03HI10; EM13CNT306; EM13CHS301; EM13CHS304; EM13CHS305; EM13CHS306) aulas interdisciplinares podem ser preparadas (por vezes combinando professores de diversas disciplinas escolares) com vistas a atingir este fim (BRASIL, 2018). Muito se fala hoje, seja no noticiário ou então nas redes sociais, ambientes digitais que os alunos costumam frequentar, a respeito dos povos indígenas, demarcação de terras ancestrais e preservação ambiental. O objetivo desta comunicação é propor maneiras de se trabalhar com estes assuntos em sala de aula de maneira combinada, demonstrando a importância de se preservar a natureza e, ao mesmo tempo, salvar a vida de quem depende destas estruturas para a manutenção de um modo de vida ancestral. Para além disso, a preservação do meio ambiente é de interesse de todos, indígenas e não indígenas.

 

Ao estudar as plantas medicinais americanas no mestrado, ficou claro que, desde tempos remotos, remontando ao Paleolítico, os seres humanos sempre souberam se aproveitar da natureza para a profilaxia ou tratamento de feridas ou enfermidades no geral. Adoecer é um processo natural, que afeta os seres humanos desde os primórdios. Assim, por meio de experiências empíricas da tentativa e erro (além de elementos de criatividade próprias do gênero humano), as comunidades foram aprendendo a “se defender” de um meio potencialmente hostil, ao mesmo tempo que provedor (CARNEIRO et al, 2014).

 

Essa ideia foi muito ressalta nas fontes de colonizadores do século XVI. No início do processo de estabelecimento europeu em terras americanas, este continente, ao mesmo tempo que interpretado como um potencial “paraíso terreal” devido a abundância de plantas, mantimentos, rios e caça, também foi visto como uma região de perigo, que demandava constante atenção (SOUSA, 1971; VESPÚCIO, 2014).

 

Mesmo que provedora, a natureza estaria repleta de “armadilhas”, como parasitas, perigos de cortes, quedas, inflamações e micro-organismos provocadores de doenças contagiosas. No intento de se precaver ou remediar situações como estas, os povos originais ameríndios, em contato milenar com estes biomas, aprenderam a selecionar na natureza os elementos curativos (mesmo que ainda não se conheciam os micro-organismos causadores de certas moléstias, indígenas e europeus sofriam com enfermidades decorrentes destas infecções e, de maneira empírica, aprenderam a remediá-las). Além de saber separar o que poderia ser utilizado na nutrição, de outros compostos venenosos, que poderiam levar a uma intoxicação do organismo (GURGEL, 2009). 

 

Isso fica claro na descrição do monge franciscano francês André Thevet em sua obra “As singularidades da França Antártica”. Com o intuito de dissertar a respeito da natureza americana (especialmente da região efemeramente colonizada pela França entre 1555 e 1567), o religioso faz uma observação acerca do fruto de uma árvore chamada auaí (Thevetia ahouai), que, ao ser o primeiro descritor da planta, a mesma recebeu o nome científico em sua homenagem. O que chama a atenção em sua narrativa é a forma como o autor alerta os leitores para o perigo que algumas frutas de boa aparência e semelhantes às já conhecidas na Europa podem esconder um grande perigo: elementos venenosos em sua composição. Diz o autor que no continente recém explorado pelo “Velho Mundo”, existem “árvores que dão frutos excepcionalmente belos, mas tanto ou mais venenosos que este último de que falamos”, referindo-se ao auaí (THEVET, 1978, p. 118).

 

Como pode ser notado através da citação do monge francês franciscano André Thevet no século XVI, muitos destes saberes indígenas sobre as matas e suas propriedades foram apropriados pelos europeus a partir da colonização. Porém, o que queremos explorar aqui de maneira mais enfática, e chamar a atenção para um conteúdo que tem grande potencial de ser trabalhado na educação básica, é a importância da natureza para a descoberta ou pesquisa acerca de cura de diversos males que afligem a humanidade.

 

Já nos primeiros anos do processo de colonização do continente americano, autores notaram a possibilidade de explorar na natureza elementos medicinais. Um exemplo, são as fontes legadas por Américo Vespúcio. Diz o autor que

 

“Ali todas as árvores são odoríferas e cada uma emite de si goma, óleo ou algum líquido cujas propriedades, se fossem por nós conhecidas, não duvido que seriam saudáveis aos corpos humanos. Certamente, se o paraíso terrestre estiver em alguma parte da terra, creio não estar longe daquelas regiões” (VESPÚCIO, 2014, p. 10).

 

Já notado pelos primeiros navegadores e cronistas a partir do século XVI, a natureza americana estava repleta de árvores, frutos e ervas que, de alguma maneira, poderiam ajudar a sanar problemas humanos (a exemplo de diversas enfermidades) se bem aproveitados. Não podemos deixar de notar que esta pesquisa e comunicação está sendo realizada em meio a uma pandemia, a maior do século XXI até o presente momento.

 

Com isso em menteo estudo acerca do meio ambiente e sua preservação se fazem urgentes. Autores que trabalham com a temática concordam que as doenças infectocontagiosas são milenares e provenientes de zoonoses, ou seja, em algum momento, esses micro-organismos criam uma adaptação genética capaz de adentrar as células humanas. A partir disso, iniciam um processo de multiplicação e reprodução, gerando a infecção no corpo humano que, por sua vez, passa a transmitir para outros (ÁVILA-PIRES, 1989; BRASIL, 2016).

 

O alastramento da Covid-19 (Sars-cov-2) não é a primeira pandemia que a humanidade experimenta. Porém, parte de suas causas e a possibilidade de evitar novas, no futuro, já são relativamente bem conhecidas. É neste ponto que entra a importância da preservação ambiental. É um fato já estudado que, ao desmatar (para a expansão de atividades agropecuárias ou então para a fundação de novas cidades), o ser humano causa um “estresse” no meio ambiente. Com isso, altera-se o equilíbrio existente nos ecossistemas (RABELLO, Ananza Mara; OLIVEIRA, Danielly Brito de, 2020).

 

A esse processo, segue um maior contato dos agrupamentos humanos com a vida selvagem, além de causar processo de extinção em espécies que são reservatórios naturais destes micro-organismos. Com isso, muitos destes criam adaptações capazes de infectar seres humanos. Dessa maneira, a preservação dos biomas e dos ecossistemas são grandes aliados para se evitar novas potenciais epidemias/pandemias ou então outras já existentes. Pesquisas demonstram que, no caso brasileiro por exemplo, a cada 1 quilômetro de floresta amazônica desmatada 27 novos casos de malária surgem entre a população (BERNARDES, 2018).

 

Além de evitar o alastramento de enfermidades, também é de conhecimento da área que muitos dos medicamentos hoje encontrados nas farmácias do mundo todo são princípios ativos encontrados na natureza. A partir de ervas e árvores e suas raízes, folhas, cascas e sementes, são extraídos compostos capazes de auxiliar na profilaxia (prevenção) e cura de diversos males (EDLER, 2006).

 

Dessa maneira, esta comunicação também visa demonstrar que temos muito mais a ganhar com as florestas e diversos outros biomas “em pé” do que destruídos. Muitas das enfermidades (sejam elas autoimunes ou infectocontagiosas) podem ter sua cura descoberta a partir da pesquisa destes elementos que encontramos na natureza. Portanto, para além de evitar doenças, a manutenção das florestas tem muito a oferecer na cura de males já existentes.

 

Neste momento, é importante trabalhar com os educandos que, ao mesmo tempo que a floresta “em pé” tem muito a oferecer ao ser humano, sua exploração deve ser feita com racionalidade. Dessa forma, o ser humano deve proceder de maneira consciente, respeitando o ecossistema a fim de que as mesmas não entrem em extinção.

 

Assim, alcança-se tanto a proteção ambiental, fundamental para o equilíbrio ecológico, quanto a defesa de diversas comunidades que dependem das matas para sobreviverem. Aliás, uma das melhores maneiras de se preservar a natureza é preservar o próprio modo de vida dos povos originais destas regiões, já que, ao dependerem desse mundo natural para sobreviverem e em contato milenar com o mesmo, eles desenvolveram historicamente um modo de vida que combina sobrevivência e preservação.

 

Os alunos da educação básica, em seu cotidiano (seja por meio de programas televisivos ou, principalmente, por intermédio das redes sociais) entram em contato com notícias trazendo o impacto das queimadas e derrubadas de árvores nos biomas brasileiros. Para além da Mata Atlântica (bioma inicial de colonização do Brasil, já que cobre todo o litoral do país), que já teve a maior parte de sua cobertura vegetal natural derrubada, a Amazônia e o Cerrado também sofrem ano a ano com uma perda cada vez maior de vegetação nativa (SANTOS et al, 2020).

 

Dessas, as notícias que mais circulam são acerca da retirada da cobertura vegetal do Cerrado (na região conhecida como MATOPIBA, formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) para o incremento da produção de grãos, especialmente soja. Além do desmatamento crescente na Amazônia, região norte do país para a exploração madeireira, agricultura e pastagem (MATRICARDI et al, 2018).

 

O caso amazônico é um dos mais preocupantes devido a importância desta biota para a formação de chuvas que regam grande parte do Centro-Sul do país. Fenômeno conhecido como “Rios Voadores”, a evapotranspiração das plantas da Amazônia, na forma de vapor d’água, se condensam na atmosfera. Por conta dos regimes de ventos, estas irão regar importantes áreas agrícolas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste brasileiro. Ou seja, sem floresta não há plantação de qualidade nestas regiões. Não temos o objetivo de discutir os prós e contras do agronegócio nestas localidades, mas sim demonstrar que, aqueles que mais apoiam o desmatamento podem ser os mais prejudicados pelo desflorestamento no longo prazo (REZENDE; VARTULI, 2021).

 

Considerando, como exposto anteriormente, que um dos principais objetivos das Ciências Humanas é levar o educando a refletir sobre o mundo que o cerca, a educação ambiental, trabalhada em interdisciplinaridade, pode ser de grande auxílio na formação do pensamento crítico e cidadania. Isso permite o aluno a compreender de maneira crítica seu entorno e agir no meio, questionando e propondo soluções, além de pressionar autoridades políticas a seguirem a ciência.

 

Dessa maneira, esta comunicação se propõe a demonstrar que temos muito mais a ganhar com a floresta “em pé” do que derrubada. Além de proteger os povos originais que dependem deste ecossistema para sua sobrevivência e manutenção de sua cultura ancestral (algo garantido pela Constituição), torna-se possível prevenir novas epidemias ou o aumento de doenças endêmicas em diversas regiões do país. Além disso, como muitos dos medicamentos procedem de princípios ativos encontrados em plantas medicinais, a cura para diversos males da humanidade pode ser encontrada nas matas, desde que exploradas racionalmente e de maneira a preservar as espécies para que não entrem em processo de extinção.

 

Portanto, em meio a uma situação pandêmica a qual ainda estamos vivenciando, sabemos o quanto uma doença que se espalha localmente ou globalmente pode afetar o cotidiano, o comércio, a produtividade das pessoas além, é claro, de levar muitas à morte ou então sequelas que dura uma vida inteira. Por isso, esta comunicação busca ressaltar a importância da educação ambiental no século XXI e de uma formação cidadã e consciente na área de saúde pública e preservação ambiental, para além do investimento em pesquisa científica visando esclarecer e combater os problemas ligados a essas duas questões.

  

Referências biográficas

 

Ms. Rodrigo Perles Dantas. Graduado e mestre em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

 

Referências bibliográficas

 

ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a escrita da história? In: GONÇALVES, Maria de Almeida (Org.). Qual o valor da história hoje? Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.

 

ÁVILA-PIRES, Fernando Dias de. Zoonoses: hospedeiros e reservatórios. Cadernos de Saúde Pública, v. 5, n. 1, p. 82-97, 1989.

 

BERNARDES, Júlio. Um quilômetro quadrado desmatado na Amazônia equivale a 27 novos casos de malária. Jornal da USP. 25 de mai. de 2018. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/um-quilometro-quadrado-desmatado-na-amazonia-equivale-a-27-novos-casos-de-malaria/. Acesso em: 11/06/2022.

 

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vigilância, prevenção e controle de zoonoses: normas técnicas e operacionais. Brasília, 2016.

 

CARNEIRO, Fernanda Melo et al. Tendências dos estudos com plantas medicinais no Brasil. Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais, v. 3, n. 2, p. 44-75, 2014.

 

EDLER, Flavio Coelho. Boticas e pharmácias: uma história ilustrada da farmácia no Brasil. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2006.

 

GURGEL, Cristina Brandt Friedrich Martin. Índios, jesuítas e bandeirantes: medicinas e doenças no Brasil dos séculos XVI e XVII. 2009. Tese (Doutorado em Clínica Médica) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.

 

MATRICARDI, Eraldo Aparecido Trondoli et al. Modelagem do desmatamento da região do MATOPIBA. Nativa, v. 6, n. 2, p. 198-206, 2018.

 

RABELLO, Ananza Mara; OLIVEIRA, Danielly Brito de. Impactos ambientais antrópicos e o surgimento de pandemias. 2020; Tema: Painel Reflexão em tempos de crise: Contribuições à comunidade, ao poder público e à sociedade.

 

REZENDE, Elcio Nacur; VARTULI, Victor. Os rios voadores e as mudanças climáticas ocasionadas pelo desmatamento da floresta amazônica: uma perspectiva a partir do constitucionalismo latino-americano. Revista Brasileira de Direito Animal. v. 16, n. 3, p. 100-115, 2021.

 

RÜSEN, Jörn. Aprendizado histórico. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; MARTINS (Org.). Jörn Rüsen e o ensino de história. Curitiba: Editora UFPR, 2011.

 

SANTOS, Leandro Duarte et al. Dinâmica do desmatamento da Mata Atlântica: causas e consequências. R. gest. sust. ambient, v. 9, n. 3, p. 378-402, 2020. 

 

SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Edusp, 1971.

 

THEVET, André. As singularidades da França Antártica. Belo Horizonte: Itatiaia, 1978.

 

VESPÚCIO, Américo. Novo Mundo: as cartas que batizaram a América. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2014.

 

 

10 comentários:

  1. Em primeiro lugar, parabenizo pelo texto.
    Gostaria de saber como, em sua perspectiva, os saberes indígenas do período em questão sobre plantas podem contribuir para aumentar os personagens da História Ensinada nas Escolas. Além disso, em sua visão como pesquisador, sua pesquisa está relacionada com o campo da História Ambiental ou não possui essa pretensão?

    Cordialmente,
    Wendell Presley Machado Cordovil

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  2. Olá, Wendell. Muito obrigado pelo comentário.
    Acredito muito em uma história contada também a partir da perspectiva indígena. Em minha dissertação de mestrado, em várias ocasiões, busquei deixar claro que todo esse saber sobre a natureza americana e suas potencialidades que passam a viajar o mundo a partir das Grandes Navegações é fruto de um contato com o mundo natural e produção de conhecimento milenar dos povos ameríndios.
    Na educação básica, muito se fala das especiarias orientais, por exemplo. Acredito que podemos passar a tratar com mais afinco as diversas especiarias (e plantas medicinais) americanas também. Assim, podemos valorizar o saber indígena na escola.

    Quanto ao campo do conhecimento histórico ao qual minha pesquisa está relacionada, sempre pesquisei esse tema a partir da História das Ciências da Saúde. Porém, creio que a partir da interdisciplinaridade, os intercâmbios com a História Ambiental são possíveis. Até mesmo devido ao fato de que pessoas e os microorganismos causadores de enfermidades se relacionam em espaço que, considerando todos os elementos ali presentes, categorizamos como um determinado ambiente. É nesse sentido que podemos pensar a relação saúde/doença e meio ambiente.

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  3. Olá Rodrigo! Fundamental sua discussão sobre saúde e meio ambiente! Pergunto será que não chegou a hora de nós professores questionarmos o volume do currículo e direcionarmos importantes discussões á algumas seriações especificas? Abcs!

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    1. Olá, Everton. Obrigado pelo comentário!
      Como pesquisador, mas também professor de História na educação básica, concordo com sua colocação acerca do volume do currículo. Realmente acredito que devemos passar a privilegiar certas questões que são mais importantes para os alunos criarem consciência crítica sobre o mundo em que vivem e isso só será possível fazendo um recorte e seleção de conteúdos apropriados a serem trabalhados, além, é claro, do direcionamento de cada conteúdo para essa finalidade.
      Também penso que o ensino de História nas escolas deve partir da realidade do aluno e do Brasil para o mundo e não o contrário, como temos hoje, fazendo parecer que a América só passa a existir depois do contato com os europeus. Esse ensino eurocêntrico já está sendo questionado e alguns livros didáticos já trabalham essas questões de outra maneira, mas penso que ainda temos muito a avançar rumo à uma mudança estrutural da educação.

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    2. Concordamos! Obrigado! Abraços!

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  4. parabéns ao autor pelo texto. Considerando o tema trabalhado, o seu objetivo é de ampliar ainda mais a consciência dos alunos para uma atenção e um interagimento com as questões, que envolve o meio ambiente?

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    1. Olá, Rosenaldo. Obrigado pelo comentário. A ideia é essa mesmo. Através da interdisciplinaridade, trabalhar com questões de preocupação ambiental com os alunos.

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  5. Primeiramente, parabéns pelo excelente texto! Gostaria de saber se, ao trabalhar a temática ambiental em sala, você percebe resistência por parte dos alunos de relacionar os conceitos e conteúdos históricos com a temática ambiental. Agradeço desde já!

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    1. Olá, Gabrielle. Obrigado pela comentário.
      Então, todas as vezes que trabalhei com essa temática não percebi nenhuma resistência. Aliás, sempre fui adepto da interdisciplinaridade em sala de aula e penso que essa é uma tendência que tem grande potencial de ser desenvolvida. Acredito que o importante seja deixar claro para o aluno qual o objetivo da aula.

      Rodrigo Perles Dantas.

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  6. Primeiramente, parabéns pelo excelente texto! Gostaria de saber se, ao trabalhar a temática ambiental em sala, você percebe resistência por parte dos alunos de relacionar os conceitos e conteúdos históricos com a temática ambiental. Agradeço desde já! - Gabrielle Legnaghi de Almeida

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