Ronyone de Araújo Jeronimo

 “PELA INSTRUÇÃO”:  A PRODUÇÃO DE UMA CULTURA EDUCACIONAL E A CONSTRUÇÃO DO SABER HISTÓRICO EM UM IMPRESSO DE CAMPINA GRANDE-PB.

Ronyone de Araújo Jeronimo

 

“A missão do ensino primário se nos afigura grandemente espinhosa e uma das que demandam maior soma de esforços, para que alcancem resultados satisfatórios. Sem a base de um curso primário feito encoimado de certas irregularidades que muito o comprometem, o indivíduo não está isento de sofrer mais tarde, decepções tremendíssimas, no alto mesmo das posições de maior evidência. Abundam os exemplos comprovativos da nossa irrefutável afirmação. Devemos, conseguintemente, felicitar-nos do incremento que vai tomando dia a dia, tão sério problema no meio ambiente, onde se notam profissionais conscienciosos e a mocidade se desenvolve com admirável rapidez. Temos escolas em número suficiente e vários professores de competência indiscutível. Além das escolas públicas estaduais, dirigidas por educadoras distintas, e das municipais, constamos diversos colégios, salientando-se o “São José”, o “Pedagógico”, o “Paroquial” e o distinto Olavo Bilac, de que somos órgão. Neste último estabelecimento, que está ligado à “Associação dos Empregados no Comércio”, há também um curso noturno, onde vários rapazes dessa fataresa sociedade, depois da labuta quotidiana, procuram ansiosamente educar o espirito. O gosto pela Instrução é geral, cumprindo-nos pôr em relevo dispendido pela “Associação”, em prol do desenvolvimento intelectual desta terra. Campina há de instruir-se, não resta dúvida. E tal movimento, em prol da instrução primária, é tanto mais de louvar quanto é certo que a mancha negra do analfabetismo precisa ser urgentemente extirpada do seio do nosso grande glorioso país. Tudo pela instrução” (O CLARÃO, 1922, p.1).

 

Esse pequeno manifesto a favor da instrução primária em solo campinense, surge em decorrência da inquietação de um jovem professor da cidade de Campina Grande-PB, com os rumos em que o ensino em sua localidade estava sendo apreciado. Como exposto na narrativa inicial, havia escolas em número considerável e professores habilitados para tal função, pelo menos em relação à experiência no ofício. No entanto, havia um certo “descaso” no que diz respeito a quantidade de crianças e jovens matriculados nessas instituições de ensino. Isso desagradava o autor da declaração em prol da instrução primária, pelo motivo deste compreender essa primeira fase da educação enquanto substancial para o desenvolvimento de sua urbe, quanto para evolução da pátria. Haja vista, que era a partir desse ensino, que os sujeitos que compunham sua cidade e a nação seriam introduzidos ao universo da alfabetização, que seria propulsor do progresso, o qual, as nações prósperas detinham. Logo, a escola e toda sua aparelhagem, seriam impulsionadoras da evolução cultural e civilizacional buscada para o Brasil.

O tema em questão, estava em evidência em solo brasileiro desde o encerramento da “Grande Guerra”, e educadores como Lourenço Filho expressavam a necessidade de uma campanha de reorganização das elites brasileiras, por intermédio da Instrução. Dado, que conforme Carvalho (2003) o mesmo entendia como sendo o principal problema da instrução brasileira, a educação de sua elite, ainda muito ligada na época às relações do campo. O ponto de vista de Lourenço Filho era compartilhado segundo Carvalho (2003) nos centros urbanos do sudeste do Brasil, onde a campanha da “Causa educacional” tomava forma. Logo, a sua voz não estava solitária e somava a outras, “múltiplas, uníssonas na repetição do refrão do médico Miguel Couto: “No Brasil há um problema nacional – a educação do povo”” (CARVALHO, 2003, p.153).  Esse coro também seria interiorizado, se espalhando em diferentes recantos do Brasil, inclusive em Campina Grande, onde o Professor-Jornalista Mauro da Cunha Luna seria o principal disseminador da “Causa educacional” que estava em voga.

Natural de Campina Grande, Mauro Luna conhecia bem o ambiente em que produzia suas narrativas jornalísticas e poéticas. Ambas seguiam a lógica defendida por Miguel Couto quando o assunto era educação. Desde seus primeiros trabalhos nos jornais campinenses pode se observar essa influência. É por intermédio desse interesse com questões relacionadas ao letramento e a instrução, que Mauro Luna seria captado pelo magistério em 1921, influenciado por amigos e admiradores que observaram potencial para exercer a profissão de professor. Foi mediante a esses apelos que o sujeito em questão, fundaria o Instituto Olavo Bilac, o qual a epígrafe faz referência e destaca como sendo um órgão ligado à instituição de ensino privado. O impresso em destaque, se tratava de uma produção que seria lançada anualmente e tinha como “objetivo difundir o gosto pelo estudo, entre os alunos do Instituto Olavo Bilac” (O CLARÃO, 1922, p.1). Além disso, também servia de ferramenta de propaganda da instituição e das atividades que eram aplicadas ao longo do ano pelo professor Mauro Luna, sendo a principal finalidade do impresso angariar um maior número de adesões de matrículas no ano subsequente. Todavia, o jornal “O Clarão”, também era usado enquanto instrumento de divulgação das ideias e ideais compartilhados por Mauro Luna referentes à instrução na sua cidade.

É imerso aos debates educacionais que circulavam no centro do país, em razão dos festejos do centenário da independência do Brasil que Mauro Luna seria influenciado a expor a sua percepção sobre os obstáculos enfrentados pela instrução em sua terra. Sua exposição que provocou o surgimento do texto que evidenciamos em primeiro plano nesse trabalho, emergiu das discussões que estavam sendo propagadas, sobretudo na Capital Federal do Brasil (na época o Rio de Janeiro), e que chegavam por intermédio dos impressos que eram comercializados amplamente no cenário nacional. Tomado por essas leituras, o qual, consumia avidamente, Mauro Luna evocaria considerações que seriam publicadas no impresso de sua instituição, tendo a problemática da instrução, em especial do ensino primário como um problema fundamental a ser discutido. Para o professor campinense não bastava haver profissionais e escolas para suprir a demanda estudantil, era necessário existir qualidade no ensino, algo que como já enfatizado por Mauro Luna era observado no cenário local, no momento de sua escrita. No entanto, o interesse objetivado nesse artigo seria despertar no leitor campinense da época a sua responsabilidade para os avanços nessa área. Haja vista, que o público que era direcionado o impresso, na sua maioria, eram pais e responsáveis de crianças e jovens em idade escolar, que muitas vezes não tinham por parte destes a oportunidade de adentrar nessas instituições, ou tinham sua vida estudantil interrompida, antes da conclusão do ensino primário.

Outrossim, também havia os jovens em que os responsáveis investiam na sua formação educacional. Porém, ao longo do curso primário o discente era obrigado a deixar uma escola para migrar para outra, por inúmeros motivos, que poderiam estar relacionados a questões financeiras, desavenças ou outro problema da época. Talvez, esse fosse o tema fundamental que o levou a produzir o texto que estamos discutindo, pelo motivo de evidenciar no seu educandário a não manutenção de um discente de um ano para o outro, ou até mesmo por observar essas transferências ocorrerem em pleno ano letivo.  A inconformidade com a frequência dessas transições de alunos estariam presentes nas entrelinhas da narrativa de Mauro Luna, que ao justificar o interesse da mocidade campinense com a instrução e a valorização das instituições de ensino locais e seus profissionais, demandariam a essa percepção. A vista disso, Mauro Luna intercalaria um assunto que o inquietava com outros que estavam sendo discutidos, como, por exemplo a condensação do ensino primário de quatro anos para dois anos impostas pela reforma Sampaio Dória em São Paulo em 1920. Essa ação, segundo Carvalho (2003) seria mal vista, mesmo possuindo a intenção de alfabetizar mais sujeitos, a “Escola Alfabetizante” como era conhecida se tornaria um tópico recorrente a ser debatido e criticado mesmo que sua proposta fosse resolver o problema almejado da alfabetização do povo. Possivelmente, Mauro Luna também estaria difundindo a defesa da instrução integral, contra o ensino condensado, entretanto, é provável que este quando produziu o texto trabalhado, tinha nas transferências o principal alvo de suas críticas. 

O incômodo com essa prática recorrente afligia o autor, pelo fato de ser afetado economicamente com a perca da mensalidade de um discente. E, além disso, sofria o efeito contrário quando recebia um novo aluno, que não estava no mesmo grau dos demais de sua instituição. É importante ressaltar que o ensino aplicado no Instituto Olavo Bilac de sua fundação em 1921, até o encerramento de suas atividades em 1932, foi o do ensino simultâneo. Esse modelo permanecia vigente em Campina Grande na década de 1920, e se constituía de uma sala, onde os discentes de diferentes graus eram arregimentados, tendo como mestre uma única pessoa que ministrava os conteúdos, e esses professores eram conhecidos como Mestre Escolas. Esse formato de ensino foi perdendo fôlego com o surgimento do primeiro Grupo Escolar de Campina Grande (o Solon de Lucena), inaugurado em 1924. Com essa nova configuração de escola, as instituições particulares existentes em solo campinense, tiveram que se adaptar para se manterem ativas e relevantes; as que não conseguiram avançar nesse processo fecharam as portas, como foi o caso do Instituto Olavo Bilac que não resistiu a forte concorrência. Mas, até a introdução dessa nova escola patrocinada pelo poder público, o Educandário de Mauro Luna gozava de prestígio, muito em razão da personalidade que dirigia e ministrava as aulas na instituição.

No cenário campinense, Mauro Luna era tido como um sujeito notável por não ter seguido os estudos após a conclusão do ensino primário no Educandário São José, do professor Clementino Procópio. Muito em decorrência das condições financeiras de sua família, que o obrigaram prematuramente a buscar um ofício para ajudar com as despesas de casa. Longe do ambiente escolar, Mauro Luna dividiria seu tempo entre o trabalho como escrivão comercial ou guarda-livros, com os estudos que efetuava autodidaticamente no período noturno. Segundo o jornalista Ronaldo Dinoá (1993) a base ofertada pelo Professor Clementino Procópio em sua instituição, foi o farol para o aprendizado solitário desenvolvido por esse, na busca de suprir a falta do ensino secundário. É provável, que seja por essa razão o seu fervor em defender uma Instrução primária de qualidade, em decorrência da necessidade que esse ensino o oportunizou em suas incursões autodidatas. Logo, para Mauro Luna a instrução primária deveria ser a bússola que guiaria os sujeitos a um aprendizado completo, que os possibilitariam seguirem seus estudos tanto para sequência da formação escolar, como propriamente para vida profissional.

  

Nesse sentido, a produção de Mauro Luna referente ao texto publicado pelo Jornal O Clarão pode ser analisada pelo viés de uma perspectiva de uma cultura educacional. Para Pinheiro (2009) esse conceito trata-se de conteúdos produzidos fora do ambiente escolar, mas que tratam do tema, em jornais, revistas, livros de memória, produções literárias, artísticas e áudio visuais. Dessa maneira, essa concepção não se restringe aos sujeitos que fazem ou fizeram educação, e sim, constituída por diversos atores sociais que entre si, contribuíram para a promoção de escritos sobre educação e suas práticas num misto de saberes populares e pensamentos científicos. Em outras palavras, esse conceito indica que toda produção que trate sobre a temática educação se insere enquanto cultura educacional. Dessa maneira, memórias e reminiscências de alunos, além de denúncias em meios de comunicações feitas por populares sobre a situação do magistério em sua cidade, ou até mesmo sobre as condutas dos docentes, se enquadram na proposta desse conceito. Então, apesar de Mauro Luna na época exercer o magistério, a sua escrita não se direcionava a um público restrito (no caso aos seus pares), e sim a toda comunidade que tinha acesso ao impresso. Em vista disso, é possível perceber no texto trabalhado de Mauro Luna a disseminação de uma cultura educacional, com a intenção de convocar a sociedade campinense a aderir em favor de erradicar o analfabetismo e para interceder pela qualidade da instrução primária tanto no cenário local, como no contexto nacional.

A bandeira da instrução hasteada por Mauro Luna, receberia o apoio e suporte financeiro da Associação dos Empregados do Comércio de Campina Grande. Sendo, esse patronato o responsável pela inauguração do ensino noturno no Instituto Olavo Bilac, o qual o autor destaca em seu texto como fundamental para o combate do analfabetismo, e para suprir certas limitações desses profissionais que labutavam no comércio. A intenção da associação era que os seus associados se qualificassem para a manutenção dos seus postos de trabalho e também para futuras promoções. Esse incentivo era observado por Mauro Luna com ênfase, pelo motivo de uma referida classe se preocupar com o futuro e o desenvolvimento intelectual de seus membros. Então ao conclamar a sociedade campinense em prol da causa educacional, Mauro Luna procurava receber a mesma assistência oferecida pela categoria dos empregados do comércio. Todavia, havia certos entraves que necessitavam ser discutidos para que o propósito em favor de extirpar a “chaga” do analfabetismo no território brasileiro se tornasse, com efeito, um projeto nacional. Da mesma forma que Lourenço Filho observou que os grupos abastados do Brasil não queriam que a educação fosse oferecida a todos, por receio e temor de perder os privilégios que mantinham e o próprio controle social das massas que sustentavam.

Conhecedor de toda essa inércia, e sabedor dos ritmos que se davam em sua localidade, o professor campinense buscaria outros caminhos para discutir o mesmo assunto que as elites nacionais tanto temiam, que no caso era a educação do povo. Com essa intenção Mauro Luna procurava em sua escrita acender em seus leitores a chama do progresso que pairava sobre Campina Grande na década de 1920 e deslumbrava as elites da cidade. Destacando que tal investimento em prol da Instrução, levaria a cidade que fica situada na elevação do Planalto da Borborema a dar a tão almejada guinada ao progresso, que seria alvo de especulação das classes abastadas e letradas da localidade. Sobre esse tema, o historiador Severino Cabral Filho (2009) destaca que o progresso evidenciado em Campina Grande, ocorreu de maneira gradual desde o início do século XX, dando oportunidade para que a sociedade campinense se surpreendesse com cada um dos signos do moderno que desembarcavam em Campina Grande. Segundo esse mesmo autor, um dos primeiros equipamentos considerados inovadores a chegar em terras campinenses, foi o telégrafo, no final do século XIX, precisamente em 1896.

Nas décadas que se seguiram do século XX, outras inovações foram chegando a esta cidade, como o advento do serviço ferroviário em 1907. E com este, surgiram outros símbolos do moderno, como o cinema em 1909; o serviço telefônico em 1918; as máquinas de prensas hidráulicas em 1919; o serviço de energia elétrica em 1920; a inauguração do Banco do Brasil em 1923; o serviço público de bondes a diesel em 1926; a cooperativa de crédito em 1928, entre outros. Todos esses serviços que surgiram nessas primeiras décadas do século XX, evidenciavam um certo progresso, o que legitimava os projetos produzidos pelas elites, que eram adotados pelos intelectuais e transpostos nos jornais em circulação em Campina Grande. Entre esses escritos haviam comumente reivindicações ao poder público de mais obras que oferecessem um padrão de qualidade que demonstrasse a guinada da referida cidade de um espaço de tendência rural, para o urbano (CÂMARA, 1998; CABRAL FILHO, 2009; QUEIROZ, 2016; SOUSA, 2006).

Nessa direção, Mauro Luna seria mais um intelectual da cidade que recorreria ao ideário progressista que pairava no cenário campinense na década de 1920, sendo o seu diferencial a atenção para o tema da instrução. Observado por esse, enquanto um problema que frearia todo o processo progressista buscado apenas com aparelhamento de equipamentos, que chegavam em solo local, sem haver profissionais instruídos e qualificados para tomar a frente desses instrumentos. Dessa maneira, Mauro Luna ao produzir o texto publicado em defesa da instrução primária e da erradicação do analfabetismo em Campina Grande e no Brasil, age tanto em benefício próprio, por dirigir uma instituição de ensino voltada para instrução primária, como propriamente para toda sociedade que tivesse acesso à publicação do Jornal O Clarão de 1922. Esse texto trabalhado, soma-se a outros que foram escritos por Mauro Luna, tendo como mote a educação, alguns sendo redigidos anteriormente a sua adesão ao magistério. Todos esses escritos eram direcionados ao público em geral, com interesse de construir em seus leitores uma consciência que a instrução seria o alicerce do desenvolvimento não só de Campina Grande, mas, do Brasil.

Enfim, o texto “Pela Instrução” produzido por Mauro Luna se enquadra na perspectiva de uma produção de uma Cultural Educacional. Pelo fato do autor efetuar uma opinião crítica sobre as temáticas referentes a educação que ecoavam no cenário brasileiro, no ano da comemoração do centenário da independência e que reverberavam na escrita do professor campinense. Já que esse, semelhante à concepção de Pinheiro (2009), se apropriava, elegia, considerava, para posteriori erguer representações sobre o assunto tratado, que seria carregado de envolvimento emocional. Haja vista, que seus escritos eram influenciados pelas leituras e pelo ambiente cultural que se dava sua percepção de mundo, que no caso era Campina Grande. Dessa maneira, é de se considerar que Mauro Luna em seu texto “Pela Instrução”, dissemina uma cultura educacional, que para Rüsen (2006, p.9) se insere como um saber histórico, por ser fruto das forças humanas que a produzem com intenções e sentidos a serem revelados pelos sujeitos que escrevem e os que leem. Com efeito, a abordagem analisada ao longo desse trabalho repercute o momento histórico e a esfera que Mauro Luna considera importante para sanar a problemática da instrução primária. Sendo sua conclusão um apelo, ou uma conclamação que a sociedade campinense e brasileira dê as mãos em favor da educação.

Referências biográficas

 

Ronyone de Araújo Jeronimo, estudante de doutorado do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP, e bolsista Capes. Mestre em História pela Universidade Federal de Campina Grande-UFCG. E graduado pelo curso em licenciatura em História pela Universidade Federal de Campina Grande-UFCG.

Referências bibliográficas

 

CABRAL FILHO, Severino. A cidade revelada: Campina Grande em imagens. Campina Grande, EDUFCG, 2009.

CÂMARA, Epaminondas. Datas Campinenses. Campina Grande: Editora Caravela, 1998.

CARVALHO, Marta Maria Chagas de. A República, a escola e os perigos do alfabeto. In: A escola e a República e outros ensaios. Bragança Paulista: EDUSF, 2003. (p.143-164).

DINOÁ, Ronaldo. Memórias de Campina Grande. 2º volume. 1993.

LUNA, Mauro. Pela Instrução. Jornal O Clarão, Campina Grande – PB, ano 1, n.1, p. 4, 3 dez. 1922.

 

PINHEIRO. Antonio Carlos Ferreira. Instrução e cultura escolar: considerações sobre cultura educacional no oitocentos. In: Múltiplas Visões: Cultura histórica no oitocentosOrg. Cláudia Engler Cury e Serioja Cordeiro Mariano. João Pessoa: Editora Universitária/ UFPB, 2009. (p.101-122).

 

QUEIROZ, Marcus Vinicius Dantas de. Quem te vê não te conhece mais: arquitetura e cidade de Campina Grande em transformação (1930-1950). Campina Grande: EDUFCG, 2016.

 

RÜSEN, Jörn. Didática da História: Passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. In. Práxis Educativa. Ponta Grossa – PR, v.1, n.2, Jul-Dez, 2006. 

 

SOUSA, Fabio Gutemberg Ramos Bezerra de. Territórios de Confrontos: Campina Grande 1920-1945. Campina Grande: EDUFCG, 2006.

 

3 comentários:

  1. Olá Ronyone! Salvo melhor juízo, seu texto e pesquisa vão em direção a História Intelectual e ou História Biográfica! Como podemos incorporar essas importantes metodologias no ensino de História?

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  2. Primeiramente eu gostaria de agradecer professor Everton Crema pelo questionamento lançado. Sua pergunta me fez refletir sobre os rumos da minha pesquisa, que tem como cerne a Cultura Educacional. É importante destacar que os dois direcionamentos apontados por você, são constituintes desse saber que pesquiso. Porém, a principal base que planeou essa discussão, foi relacionada ao conhecimento da Cultura Escolar. Na verdade, esta perspectiva que estudo surge a partir de uma interrogação a uma lacuna deixada por Dominique Julia, e discutida por Antônio Carlos Ferreira Pinheiro em 2009, de como esse tema poderia ser abordado fora dos muros escolares. Haja vista, que este conceito analisa as práticas escolares, e as relações que a tange. Nesse ínterim, Pinheiro questiona, sobre a análise de escritos de pessoas escolarizadas que tecem considerações sobre os problemas relacionados a educação, em meios de comunicação, e produções artísticas e literárias. E como estas são lançadas com a intenção de atingir um público sobre os problemas e soluções relacionados a educação em diferentes momentos históricos. Na Prática, a Cultura educacional pode ser trabalhada metodologicamente a partir da investigação da produção de sujeitos comuns semi-escolarizados ou até mesmo sujeitos que atingiram um maior nível de escolarização que discutiram sobre este tema, utilizando de diferentes linguagens, para chamar atenção da sociedade para problemas relacionados a esse campo. Espero que estas minhas considerações tenham promovido algum esclarecimento, caso contrário continuo aberto para possíveis indagações.

    Att: Ronyone de Araújo Jeronimo

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  3. Obrigado Ronyone! Grande Abraço!

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